sexta-feira, 2 de março de 2012

- Compara o Modelo OSI com o Modelo TCP/IP.

Existe alguma discussão sobre como mapear o modelo TCP/IP dentro do modelo OSI. Uma vez que os modelos TCP/IP e OSI não combinam exatamente, mas não existe uma resposta correta para esta questão.
Além do mais, o modelo OSI não é realmente rico o suficiente nas camadas mais baixas para capturar a verdadeira divisão de camadas; é necessário uma camada extra (a camada internet) entre as camadas de transporte e de rede. Protocolos específicos para um tipo de rede que rodam em cima de estrutura de hardware básica precisam estar na camada de rede. Exemplos desse tipo de protocolo são ARP e o Spanning Tree Protocol (usado para manter pontes de rede redundantes em "espera" enquanto elas são necessárias). Entretanto, eles são protocolos locais e operam debaixo da funcionalidade internet. Reconhecidamente, colocar ambos os grupos (sem mencionar protocolos que são logicamente parte da camada internet, mas rodam em cima de um protocolo internet, como ICMP) na mesma camada pode ser um tanto confuso, mas o modelo OSI não é complexo o suficiente para apresentar algo melhor.
Geralmente, as três camadas mais acima do modelo OSI (aplicação, apresentação e sessão) são consideradas como uma única camada (aplicação) no modelo TCP/IP. Isso porque o TCP/IP tem uma camada de sessão relativamente leve, consistindo de abrir e fechar conexões sobre TCP e RTP e fornecer diferentes números de portas para diferentes aplicações sobre TCP e UDP. Se necessário, essas funções podem ser aumentadas por aplicações individuais (ou bibliotecas usadas por essas aplicações). Similarmente, IP é projetado em volta da idéia de tratar a rede abaixo dele como uma caixa preta de forma que ela possa ser considerada como uma única camada para os propósitos de discussão sobre TCP/IP.
O modelo TCP/IP está dividido em quatro camadas:
  • Camada de aplicação (FTP, SMTP, TELNET, HTTP, etc)
  • Camada de transporte (TCP, UDP, etc)
  • Camada de rede (IP)
  • Camada física (Ethernet, etc)
  • Camada emuladora de rede em Gateway

- Indica quais os protocolos TCP/IP, explicando a sua funcionalidade.



Este diagrama mostra todos os protocolos TCP / IP abrangidos por este guia, dispostas por TCP / IP e OSI camada Modelo de Referência. Demonstram na camada de interface de rede onde TCP / IP drivers de hardware conceitualmente residem; estes são utilizados na camada dois quando o TCP / IP é implementada em uma tecnologia de LAN ou WAN, em vez de usar SLIP ou PPP.

- Descreve as camadas do modelo TCP/IP.

O modelo TCP/IP


O modelo TCP/IP, inspirado no modelo OSI, retoma a abordagem modular (utilização de módulos ou de camadas) mas contém unicamente quatro : 


Modelo OSI
Camada Aplicação

Camada Transporte

Couche de Dados
Camada Acesso rede


Como se pode observar, as camadas do modelo TCP/IP têm tarefas muito mais diversas que as camadas do modelo OSI, já que certas camadas do modelo TCP/IP correspondem à várias camadas do modelo OSI. 
Os papéis das diferentes camadas são os seguintes :
  • Camada Acesso rede : especifica a forma sob a qual os dados devem ser encaminhados independentemente do tipo de rede utilizado
  • Camada Internet : é encarregada fornecer o pacote de dados (datagrama)
  • Camada Transporte : assegura o encaminhamento dos dados, assim como os mecanismos que permitem conhecer o estado da transmissão
  • Camada Aplicação : engloba as aplicações standard da rede (Telnet, SMTP, FTP,…)

- Indica os objectivos do Modelo TCP/IP.

O TCP/IP é uma sequência de protocolos. A sigla TCP/IP significa “Transmission Control Protocol/Internet Protocol” e pronuncia-se “T-C-P-I-P”. Provém dos nomes dos dois protocolos essenciais da sequência de protocolos, os protocolos TCP e IP). 
O TCP/IP representa, de certa maneira, o conjunto das regras de comunicação na Internet e baseia-se na noção de endereçamento IP, isto é, o facto de fornecer um endereço IP a cada máquina da rede a fim de poder encaminhar pacotes de dados. Já que a sequência de protocolos TCP/IP foi criada no início com um objectivo militar, foi concebida para responder a diversos critérios, entre os quais :
  • O fraccionamento das mensagens em pacotes;
  • A utilização de um sistema de endereços;
  • O encaminhamento dos dados na rede (routage);
  • O controlo dos erros de transmissão de dados.

- Define encapsulamento.

Encapsulamento vem de encapsular, que em programação orientada a objetos significa separar o programa em partes, o mais isoladas possível. A idéia é tornar o software mais flexível, fácil de modificar e de criar novas implementações.
Para exemplificar, podemos pensar em uma dona de casa (usuário) utilizando um liquidificador (sistema). O usuário não necessita conhecer detalhes do funcionamento interno do sistema para poder utilizá-lo, precisa apenas conhecer a interface, no caso, os botões que controlam o liquidificador. Outro exemplo clássico de encapsulamento é o padrão de projeto chamado Mediator.
Uma grande vantagem do encapsulamento é que toda parte encapsulada pode ser modificada sem que os usuários da classe em questão sejam afetados. No exemplo do liquidificador, um técnico poderia substituir o motor do equipamento por um outro totalmente diferente, sem que a dona de casa seja afetada - afinal, ela continuará somente tendo que pressionar o botão.
O encapsulamento protege o acesso direto (referência) aos atributos de uma instância fora da classe onde estes foram declarados. Esta proteção consiste em se usar modificadores de acesso mais restritivos sobre os atributos definidos na classe. Depois devem ser criados métodos para manipular de forma indireta os atributos da classe.

Camada de Aplicação


Camada de aplicação corresponde às aplicações (programas) no topo da camada OSI que serão utilizados para promover uma interação entre a máquina destinatária e o usuário da aplicação. Esta camada também disponibiliza os recursos (protocolo) para que tal comunicação aconteça. Por exemplo, ao solicitar a recepção de e-mail através do aplicativo de e-mail, este entrará em contato com a camada de Aplicação do protocolo de rede efetuando tal solicitação (POP3IMAP). Tudo nesta camada é relacionado ao software. Alguns protocolos utilizados nesta camada são: HTTPSMTPFTPSSHRTPTelnetSIPRDPIRCSNMPNNTPPOP3IMAPBitTorrentDNSPing, etc.



Camada de Apresentação

A camada de Apresentação, também chamada camada de Tradução, converte o formato do dado recebido pela camada de Aplicação em um formato comum a ser usado na transmissão desse dado, ou seja, um formato entendido pelo protocolo usado. Um exemplo comum é a conversão do padrão de caracteres (código de página) quando o dispositivo transmissor usa um padrão diferente do ASCII. Pode ter outros usos, como compressão de dados e criptografia.
Os dados recebidos da camada sete estão descomprimidos, e a camada 6 do dispositivo receptor fica responsável por comprimir esses dados. A transmissão dos dados torna-se mais rápida, já que haverá menos dados a serem transmitidos: os dados recebidos da camada 7 foram "encolhidos" e enviados à camada 5.
Para aumentar a segurança, pode-se usar algum esquema de criptografia neste nível, sendo que os dados só serão decodificados na camada 6 do dispositivo receptor.
Ela trabalha transformando os dados em um formato no qual a camada de aplicação possa aceitar, minimizando todo tipo de interferência.
Faz a tradução dos dados recebidos da camada de aplicação em um formato a ser utilizado pelo protocolo.

Camada de Sessão

A camada de Sessão permite que duas aplicações em computadores diferentes estabeleçam uma sessão de comunicação. Nesta sessão, essas aplicações definem como será feita a transmissão de dados e coloca marcações nos dados que estão a ser transmitidos. Se porventura a rede falhar, os computadores reiniciam a transmissão dos dados a partir da última marcação recebida pelo computador receptor.
  • Disponibiliza serviços como pontos de controles periódicos a partir dos quais a comunicação pode ser restabelecida em caso de pane na rede.
  • Abre portas para que várias aplicações possam escalonar o uso da rede e aproveitar melhor o tempo de uso. Por exemplo, um browser quando for fazer o download de várias imagens pode requisitá-las juntas para que a conexão não fique desocupada.


Camada de Transporte

A camada de transporte é responsável por receber os dados enviados pela camada de Sessão e segmentá-los para que sejam enviados a camada de Rede, que por sua vez, transforma esses segmentos em pacotes. No receptor, a camada de Transporte realiza o processo inverso, ou seja, recebe os pacotes da camada de Rede e junta os segmentos para enviar à camada de Sessão.
Isso inclui controle de fluxo, ordenação dos pacotes e a correção de erros, tipicamente enviando para o transmissor uma informação de recebimento, informando que o pacote foi recebido com sucesso.
A camada de Transporte separa as camadas de nível de aplicação (camadas 5 a 7) das camadas de nível físico (camadas de 1 a 3). A camada 4, Transporte, faz a ligação entre esses dois grupos e determina a classe de serviço necessária como orientada a conexão e com controle de erro e serviço de confirmação ou, sem conexões e nem confiabilidade.
O objetivo final da camada de transporte é proporcionar serviço eficiente, confiável e de baixo custo. O hardware e/ou software dentro da camada de transporte e que faz o serviço é denominado entidade de transporte.

Camada de Rede

A camada de Rede é responsável pelo endereçamento dos pacotes de rede, também conhecidos por datagrama, associando endereços lógicos (IP) em endereços físicos (MAC), de forma que os pacotes de rede consigam chegar corretamente ao destino. Essa camada também determina a rota que os pacotes irão seguir para atingir o destino, baseada em fatores como condições de tráfego da rede e prioridades. As rotas podem ser determinadas por tabelas estáticas, no inicio de cada conversação ou altamente dinâmicas.
Essa camada é usada quando a rede possui mais de um segmento e, com isso, há mais de um caminho para um pacote de dados percorrer da origem ao destino.
Funções da Camada:
  • Movimenta pacotes a partir de sua fonte original até seu destino através de um ou mais enlaces.
Define como dispositivos de rede descobrem uns aos outros e como os pacotes são roteados até seu destino final.

Camada de Dados

A camada de ligação de dados também é conhecida como camada de enlace ou link de dados. Esta camada detecta e, opcionalmente, corrige erros que possam acontecer no nível físico. É responsável pela transmissão e recepção (delimitação) de quadros e pelo controle de fluxo. Ela também estabelece um protocolo de comunicação entre sistemas diretamente conectados.
O controle de fluxo é realizado por meio da medição do buffer do receptor no momento da transmissão. Isso impede que uma quantidade excessiva de dados trave um receptor mais lento.

Camada Física

A camada física diz respeito aos meios de conexão através dos quais irão trafegar os dados, tais como interfaces seriais, LPTs, hubs ou cabos coaxiais.

- Indica quais os objectivos do Modelo OSI.

O Modelo OSI (criado em 1970 e formalizado em 1983) é um modelo de referência da ISO que tinha com principal objectivo ser um modelo standard, para protocolos de comunicação entre os mais diversos sistemas, e assim garantir a comunicação end-to-end.
O modelo é composto por 7 camadas, em que cada camada realizada funções específicas.
Camadas do modelo OSI
  • Aplicação (Application)
  • Apresentação (Presentation)
  • Sessão (Session)
  • Transporte (Transport)
  • Rede (Network)
  • Dados (Data Link)
  • Física (Physical)

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

- Explica porque surgiram modelos de comunicação.

Todas as ciências sociais carecem de exactidão. Ao contrário da física, da química ou da matemática, ciências que, à partida, possuem resultados fixos para um dado problema, as ciências sociais são afectadas pelo elemento humano. Somos seres imprevisíveis, carregados de emoções, com a capacidade de escolha. Como tal, não podemos encontrar uma solução exacta para os fenómenos que ocorrem na Sociologia, na Pedagogia, na Economia ou na Comunicação. Os teóricos destas áreas, para suprimirem essa lacuna das ciências sociais, criaram modelos. Não sendo aplicáveis a 100% dos seres humanos, os modelos procuram simplificar uma realidade, focando os principais elementos dos diversos processos e estruturas humanas e as suas relações para que se torne, desta forma, possível o estudo dos fenómenos sociais.
      Quanto aos Modelos de Comunicação, existem quatro grupos principais: os Modelos de Base Linear, os Modelos de Base Cibernética, os Modelos de Comunicação de Massas e os Modelos Socioculturais.

Modelo de Base Linear

      Este tipo de modelo tem uma grande relação com o Modelo de Comunicação de Massas por duas razões: os modelos iniciais explicavam as ditaduras europeias recorrendo aos mass media e os verdadeiros Modelos de Comunicação de Massas foram criados, inicialmente, como refutação destes modelos.
      O modelo de base linear mais conhecido foi criado por Harold Lassewell, tendo sido uma evolução da Teoria Hipodérmica. Esta teoria foi criada no período em que homens como Hitler e Mussolini chegaram ao poder na Europa. Com esta teoria nasceu, também, o termo sociedade de massa. Apoiada na Psicologia Behaviorista, esta teoria diz que uma mensagem, após recepcionada pelo público, é completamente absorvida – daí ter ganho a alcunha Teoria da Bala Mágica (Bullet Theory).
      Lassewell, desdobra o acto comunicacional em cinco perguntas: quem comunica? (emissor), o que diz? (mensagem), por que canal? (meio), a quem diz? (receptor) e com que efeito? (efeito). Apesar das suas inovações, este modelo apoiava-se, implicitamente, no pressuposto da Bala Mágica segundo o qual a iniciativa pertence apenas ao emissor e os efeitos apenas se fazem sentir no público. Tal como a teoria em que se inspirou, o Modelo de Lassewell implica três premissas fundamentais: os processos são assimétricos (o emissor produz um estímulo e a massa passiva, ao recebe-lo, reage); a comunicação é intencional e tem o objectivo de obter um determinado efeito observável; independentemente das relações sociais, culturais e situacionais, o comunicador e o(s) destinatário(s) têm papeis isolados.
      Quase em simultâneo com este modelo, foram apresentados outros modelos de base linear. Shannon e Weaver, partilham um modelo (criado pelo primeiro, mas alargado a outros campos pelo segundo) essencialmente matemático que permitia medir, cientificamente, a informação.
      Neste modelo, Shannon e Weaver mantêm os cinco campos de estudo de Lassewell, substituindo a Mensagem pelo Transmissor (o qual transforma a mensagem em sinal que pode ser transmitido pelo canal), o Efeito pelo Destino (ponto de chegada da mensagem, quer seja uma pessoa ou uma máquina) e acrescentando a Fonte de Ruídos (inicialmente aplicado, apenas, aos ruídos que afectavam directamente o canal). De referir, também, que o Receptor tem, aqui, um papel diferente: descodifica a mensagem (ao contrário do Transmissor) para que possa ser compreendido pelo destinatário.
      Apesar desta Teoria Matemática da Comunicação ter sido bastante criticada por negligenciar a interacção com o receptor, o papel das redes de comunicação e a componente semântica das mensagens, este é um modelo que continua, com algumas alterações, a ser aplicado em diversos estudos comunicativos. Isto porque, apesar das suas falhas, este processo aplica-se a diversos fenómenos comunicacionais, seja um processo entre duas máquinas, dois seres humanos ou uma máquina e um ser humano.

Modelos de Base Cibernética

      Também conhecidos por Modelos de Base Circular, estes são os modelos que integram o feedback ou a retroacção como elementos reguladores da circularidade da informação e apoiam-se nos desenvolvimentos do campo da cibernética, protagonizados por Norber Wiener.
      Começando pelos modelos de comunicação interpessoal, estes baseiam-se na comunicação face-a-face. São modelos que, na sua génese, consideram um emissor que envia uma mensagem que após sofrer o efeito de barreiras (físicas, culturais, semânticas, etc.) vai chegar ao receptor. Este, por sua vez, envia o seu feedback, o qual vai sofrer o efeito das mesmas barreiras da mensagem inicial.
      O Modelo de Comunicação Interpessoal de Schramm, traz importantes modificações aos modelos lineares, servindo não só para descrever o fenómeno das comunicações interpessoais, como também as comunicações de massas. Schramm alarga os conceitos de codificação e descodificação, ao focar que se trata não de um processo técnico, mas de um meio que o homem tem à sua disposição para comunicar por via de signos, os quais ocupam o lugar de uma experiência. Schramm dota emissor e receptor tanto da capacidade de codificar como da capacidade de descodificar, tornando a comunicação num processo interminável em que há uma constante troca de experiências pessoais, sendo cada ser humano uma central de retransmissão. Mais ainda, este modelo considera a comunicação não verbal, a qual vai possibilitar que os intervenientes corrijam, constantemente, as suas próprias mensagens.
      Já o Modelo Circular de Jean Cloutier, assenta na linguagem áudio-scripto-visual. Este modelo está patente numa das suas obras, em que este autor usa bastante a palavra EMEREC, palavra que significa o indivíduo que recebe e emite informação, ou seja, o homo communicans. Por outro lado, o autor considera que mensagem e linguagem são um todo indissociável, considerando mesmo que a linguagem permite encarnar a mensagem. Finalmente, temos o Medium, o intermediário que transporta a mensagem no espaço e no tempo e que pode significar tanto o canal usado como os instrumentos que permitem utilizar esse canal, ou seja, por exemplo, tanto as ondas de rádio como o emissor radiofónico. Cloutier representa o Medium pela sua dupla face: receptor e emissor de mensagens.

Modelos de Comunicação de Massas

      Tendo nascido da evolução das Teorias Lineares, os Modelos de Comunicação de Massas podem ser considerados Cibernéticos, visto que contemplam sempre o feedback como elemento regulador da comunicação.
      Gerbner apresentou o seu modelo em 1956, é um modelo inovador pelo facto de se alterar de acordo com a situação comunicacional que representa. O modelo baseia-se em diversos “blocos”, os quais podem ser utilizados para descrever desde processos simples, até processos complexos, permitindo assim o estudo de diversos tipos de fenómenos.
      Já no Modelo de Comunicação de Massas de Schramm, adapta o seu modelo de comunicação interpessoal, tornando o emissor numa entidade colectiva, na qual junta o organismo que emite a informação e os mediadores. As operações de codificação, descodificação e interpretação são realizadas por um conjunto de especialistas que utilizam fontes exteriores e têm em conta o feedback. Num jornal, por exemplo, os jornalistas recolhem informações, mas na construção das notícias também têm em conta se notícias anteriores aumentaram ou reduziram a tiragem.
      O Modelo do Processo de Comunicação de Massas, de Maletzke, constitui um bom exemplo académico do estudo da comunicação de massas, visto que toma em consideração as implicações sóciopsicológicas no estudo deste fenómeno. Para além dos elementos, já bem conhecidos, Comunicador, Mensagem, Meio e Receptor, o autor acrescenta o constrangimento causado pelo meio e a imagem que o receptor tem desse mesmo meio. Ou seja, o quotidiano do receptor é influenciado pelas características, ideologias e conteúdos do meio – pressão causada pelo meio – e vais escolher os conteúdos que recepciona de acordo com a imagem que tem do meio.

Modelos Socioculturais e Culturológicos

      Esta perspectiva analisa a cultura de massas e as suas repercussões na sociedade. São modelos que analisam não tanto os meios de comunicação de massas, mas principalmente as vertentes cultural e social que esta modalidade de comunicação criou. Sendo uma vertente de estudo seguida, principalmente, na França, não admira que sejam franceses os autores aqui tratados.
      No Modelo Cultural de Edgar Morin, o autor apresenta a cultura de massas como uma cultura industrial. Ou seja, vê a cultura de massas como o resultado de uma política de produção-consumo. Este autor contrapõe a lógica industrial, a da estandardização, à contra-lógica do individualismo, a da inovação. Existe, por um lado, um padrão de produção, que vai beneficiar dos sucessos passados semelhantes, e por outro a originalidade que garante novos sucessos. Morin refere três elementos: a Criação e a Produção que terão triunfam se derem respostas eficazes às necessidades individuais, algo que as levará aoConsumo por parte do público.
         O Modelo Cultural de Abraham Moles traz uma perspectiva mais cibernética a este tipo de modelos. Moles considera os criadores como aquele que age, que produz novas ideias e que, portanto, emite mais mensagens do que as que recebe. A sua acção vai atingir primeiro o seu micro-meio, um subconjunto da sociedade composto por especialistas ou por pessoas que partilham os mesmos gostos. Logo, as criações vão alterar, até certo ponto, os micro-meios de forma imediata. Aqui, são postas à experiência e só depois têm a possibilidade de circular para o público geral através dos mass-media. Existe, desta forma, uma interacção permanente entre a cultura e o meio a que ela respeita, pela mão dos criadores que provocam uma evolução. Esta interacção é a sociodinâmica da cultura. Igualmente importante para esta sociodinâmica é a aceitação das novas obras e produtos por parte dos mass media. Esta aceitação transforma-os em produtos culturais semelhantes aos outros produtos de consumo, recomeçando o ciclo. Cada ciclo será igual, alterando-se, apenas, a velocidade de circulação das ideias. 

- Define arquitectura aberta e arquitectura proprietária.

Arquitetura Proprietária

Quando você compra um computador de uam marca - como os da Dell, Compaq, HP, Positivo, IBM, etc... você acaba optando por um determinado modelo, no qual os dispositivos que o compõe - como processador, placa mãe, placa de vídeo, memória, etc... são predeterminados pelo fabricante. Esses computadores possuem uma arwuitetura proprietária.

O que é Arquitetura Proprietária?

Arquitetura Proprietária é um certo modelo de computador, que ao você optar por esse tipo de equipamento você fica vinculado ao fabricante, para os futuros up-grades e suporte técnico. Em geral, esses computadores possuem como suas características principais o custo elevado da manutenção, a boa qualidade, o alto preço e uma certa limitação de up-grade.

Arquitetura Aberta:

Tais características dificultam a aquisição por parte considerável dos usuários. Por isso, a maioria das pessoas acabam optando por computadores de arquitetura aberta, que podem ser montados com dispositivos de diversos fabricantes diferentes. Neste caso você pode optar pelos dispositivos que satisfaçam melhor as suas necessidades. E as características desse tipo de computador são: preço mais acessível e flexibilidade na escolha dos componentes e futuros up-grades. Com relação à qualidade, vai depender das opções que você fizer em termos de placa-mãe, memória RAM, HD's, etc.